Natal: mais que uma festa cristã

Olá!

Hoje vim falar desse tempo que estamos vivendo de festas, final de ano... não sei se você é como eu, que fica mais pensativa, procura fazer um balanço do que passou, a partir daí traçar planos para o ano novo que está prestes a chegar.

Aí, no meio dessas reflexões todas acontece um evento: O NATAL. E aí todo mundo fica doido atrás de presente, planejando a comilança, decoração, roupa, mercado, trânsito, convidados.... ufa, quando passa da até um alívio. Confesso que eu também tive meus momentos se stress quando a "big party" foi na minha casa... mas será que era isso mesmo que Jesus pretendia que fosse celebrado o aniversário dele?

Tem uma música do Nando Reis que eu gosto muito chamada "Mantra" que fala bem disso, que "Quando estiver com tudo lã, cetim, veludo, espada e escudo sua consciência adormecerá" não é bem isso que acontece? A gente tá "na pilha" de preparar tudo, ajeitar tudo, controlar tudo... que o que é de fato o principal da festa - o aniversariante - acaba passando despercebido.

Quem quiser ouvir a música toda (vale a pena) tá aí!

O natal desse ano para mim e minha família acabou fazendo "na marra" com que a gente pensasse mais e festejasse menos. O que reforça a minha crença que tudo na vida acontece por uma razão.

Para quem não sabe, em outubro desse ano eu e o David viemos para a Nova Zelândia, cidade de Queenstown, para encontrar meu marido que trabalha como cleaner. Claro que esse não é o sonho profissional dele (nem o de ninguém, acho), mas é o que temos para pagar as contas. Então ainda bem que ele é cleaner.

Exatamente por isso, assim como no Brasil, aqui cleaners não são bem remunerados então não poderíamos dar "aquela festona" como fizemos alguns anos no Brasil. Se eu fiquei triste? Claro que fiquei. Senti vergonha por não poder sequer comprar uma roupa melhor para sair, festejar com os amigos que nos convidaram, ficar um pouco "enfeitada" para fazer bonito ao lado do marido e do filho.

"Puxa, mas será que a coisa tá tão mal que não dava para comprar uma blusa mais arrumada sequer?" perguntaram. Dava, claro que dava. Mas aí seria mais coisa para carregar na mudança de casa que tanto queremos, já trouxe pouquíssima roupa para mim do Brasil porque as malas vieram super lotadas com outras coisas, a gente não têm previsão de comprar um carro... enfim...

Passado o "momento deprê" (agradecimento especial pelo carinho, colo e paciência que fizeram toda a diferença do marido e da avó - aí no Brasil), fui ao mercado fiz lá as nossas estravagâncias, comprei algumas coisas para cozinhar algo especial (receitas nos próximos posts).

Acabamos indo a festa da empresa do marido, gente muito simples, cheia de brasileiros, venezuelanos, bolivianos, argentinos e Kiwis, claro. Não fui com expectativa de nada, fomos à pé, estava com meu tênis velho, minha blusa furada e ninguém se importou. Na verdade, acho que ninguém viu mesmo, todos estavam ocupados demais se abraçando, cumprimentando, rindo, comendo e bebendo.
Tivemos mais contato com um casal de brasileiros muito bacanas, até o David se encantou pela Priscila, aliás, falando no David... valeu ter ído nem que fosse só pelo David. Ele foi "A" estrela da festa. Riu, brincou, correu, comeu como se não houvesse amanhã (como sempre), foi a criança doce e feliz que ele é.

É nessas horas que a gente vê o quanto trabalho duro e esforço na criação do filho compensa. Claro que ter filho é ótimo, ser pai, mãe é mágico, sublime... mas não é nada fácil. É cansativo, desgastante, faz com que a gente precise se reinventar a todo momento. Mas ver o David brincando com as pessoas, dando "hi 5", aperto de mão, beijo, abraço, dançando, correndo, brincando com os cachorros da casa... não tem preço. E olha, pra criança se comportar bem assim não tem segredo, milagre, nem mágica viu... é uma dose infinita de amor, carinho, atenção e um caminhão pipa de paciência. (
E alimentar direito, ter rotinas, estímular física e intelectualmente... sim, tudo isso também).

Depois de todo o ocorrido, de todas as privações e a festa de ontem cheguei a conclusão que natal é isso ou deveria ser mais próximo disso: uma festa cristã. Com aquele Jesus Cristo mesmo, que na Páscoa vai morrer por nós, que divide a mãe dele conosco. Mas mais que uma festa de aniversário com presente, bolo e guaraná, que o natal seja celebrado como uma boa notícia de amor, de que tudo vai dar certo no final, que se ainda não deu é porque não acabou. Um único momento no ano que seja para reunião de pessoas se abraçarem, desejarem o melhor entre si, numa festa de zilhões de pessoas ou como aqui em casa com pai, mãe e filho.


E por hoje é isso. Que você tenha tido um excelente natal, que ele continue o máximo possível de tempo no seu coração, como tentarei fazer com o meu!

Abração,

Dani

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